O que eu
sonho noite e dia,
O que me
dá poesia
E me
torna a vida bela,
O que num
brando roçar
Faz meu
peito se agitar,
E o teu
seio, donzela!
Oh! quem pintara
o cetim
Desses
limões de marfim,
Os leves
cerúleos veios
Na
brancura deslumbrante
E o
tremido de teus seios?
Ouando os
vejo, de paixão
Sinto
pruridos na mão
De os
apalpar e conter...
Sorriste
do meu desejo?
Loucura!
bastava um beijo
Para
neles se morrer!
Álvares de Azevedo
(foto: Elena Skibitskaya)