domingo, 22 de junho de 2008

Fascínio


Casado, continuo a achar as mulheres irresistíveis.
Não deveria, dizem.
Me esforço. Aliás,
já nem me esforço.
Abertamente me ponho a admirá-las.
Não estou traindo ninguém, advirto.
Como pode o amor trair o amor?
Amar o amor num outro amor
é um ritual que, amante, me permito.

(Affonso Romano de Sant’Anna)
a foto é pra provocar outras interpretações do poema

2 comentários:

Anônimo disse...

Pax

Este segundo poema do A.R.de Sant'Anna me fez confirmar de vez que minha prévia implicância com ele era puro preconceito (aliás não sei surgido de onde)...

Vou comprar logo um livro do rapaz, para curtir e me redimir.

Obrigado,

Pax disse...

Affonso Romano de Sant’Anna é muito bom galahad, que bom que o blog ajuda você a vê-lo com bons olhos.

Poetas são tantos quantas as vezes que você os lê. Depende da hora, da forma e, principalmente, do momento do leitor, acredito eu.

O que vc acha disso?