quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Virgem Morta


Ó minha amante, minha doce virgem,
Eu não te profanei, e dormes pura:
No sono do mistério, qual na vida
Podes sonhar apenas na ventura.
Bem cedo ao menos eu serei contigo
Na dor do coração a morte leio...
Poderei amanhã, talvez, meus lábios
Da irmã dos anjos encostar no seio.

Álvares de Azevedo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sentimentalismo

Foto Bernardo Coelho
http://olhares.aeiou.pt/jessica_2/foto2242519.html

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