segunda-feira, 7 de julho de 2008

Sexo/cama


Fui ordinária
requintada
tímida
Misturei poesia com vários palavrões
Gritei
Uivei
Gemi
Rasguei almofadas e lençóis

Fui carnaval de amor
no circo de uma cama.

(Manuela Amaral)

4 comentários:

Nat disse...

Esse poema lindo da Manuela me lembrou algo que eu escrevi, há muito, muito tempo... É engraçado perceber que havia naquela época muito mais lirismo em mim do que carnaval...

Hoje já não posso dizer o mesmo...

Metalinguística

Deve-se escrever poesia
nas linhas da vida.
Embeber boca na boca do companheiro
toda sua métrica e rima.
Transformar os sons dos corpos
numa onomatopéia lírica,
com um compasso de 3/4,
dois amores e uma cama.

Pax disse...

Acabou seu lirismo Nat?

Nat disse...

Não, acho que eu simplesmente aprendi que existem coisas além dessa fusão lírica e calma do poema.

Pax disse...

Conta pra mim...