segunda-feira, 30 de junho de 2008
Aquecimento Global
Samba
Ela
domingo, 29 de junho de 2008
Kama Sutra
"Foi dito por alguém que não há ordem ou momento exatos entre o abraço, o beijo e as pressões ou arranhões com as unhas ou dedos, mas que todas essas coisas devem ser feitas, de um modo geral, antes que a união sexual se concretize, ao passo que as pancadas e a emissão dos vários sons devem ocorrer durante a união. Vatsyayana, entretanto, pensa que qualquer coisa pode ocorrer em qualquer momento, pois o amor não se incomoda com o tempo ou ordem."
Com a palavra, a língua na ponta dos teus dedos ... sim, você que aqui lê.
Extraído da Wikipedia - texto e foto
Dupla Fartura
Ar dente
sábado, 28 de junho de 2008
Tá
Enquete Surreal #2 - O Fingimento do Gozo
Exterior
Por que a poesia tem que se confinar?
às paredes de dentro da vulva do poema?
Por que proibir à poesia
estourar os limites do grelo
da greta
da gruta
e se espraiar além da grade
do sol nascido quadrado?
Por que a poesia tem que se sustentar
de pé, cartesiana milícia enfileirada,
obediente filha da pauta?
Por que a poesia não pode ficar de quatro
e se agachar e se esgueirar
para gozar
– carpe diem! –
fora da zona da página?
Por que a poesia de rabo preso
sem poder se operar
e, operada,
polimórfica e perversa,
não pode travestir-se
com os clitóris e balangandãs da lira?
(Waly Salomão)
Enquete Surreal #1 - O Gozo da Mulher
“Um homem e uma mulher fazem amor. Em que medida o homem pode aperceber-se do gozo da mulher? Haverá sinais inequívocos que o assegurem disto?
Deixo esta questão aberta para as opiniões e impressões dos visitantes deste blog. O que dizem? confetti? nat? gustav? milady? lua? mr x? gwyn? galahad? leila? kct? alice? panta? samoça? zecatatau? amigos de sudamerica? visitors from USA? anônimo(s)?
Golpes
sexta-feira, 27 de junho de 2008
Nu
Sacanagem democrática
Queridas e queridos leitores,
Nos comentários do post Palíndromo abaixo, o leitor panta sugeriu que houvesse uma votação para as três melhores fotos e os três melhores textos do blog. Sou novato em ter um blog pra chamar de meu e o guru é o Kct que vocês vêem aqui e acolá me dando a honra da presença em comentários e no chat on-line aí do lado. Sempre recomendo seu blog que está na lista dos que leio e é um dos melhores, mais divertidos e mais bem feitos que já vi na blogsfera. Kct leu o comentário do panta e generosamente deixou o caminho das pedras para instalar o kit de votação que vocês verão nos posts abaixo. Não dá pra fazer por foto e texto, ou não sei como fazer isso, então fica para os posts mesmo. Vamos testar o lúdico da sacanagem democrática ou do voto para a melhor provocação sacana ou o tamanho do tesão provocado pelo post ou qualquer outra coisa que vocês queiram pensar. Vi que no navegador Opera, que mais uso, não funcionou. No Internet Explorer deu certo. Não testei no Mozilla Firefox. Se não der certo tiramos. Afinal o blog pra chamar de meu é de vocês. Qualquer coisa, comentem aqui que saberei suas gostosas opiniões. Obrigado, divirtam-se. Pax, ajax pax.
Gangorra
Não te amo mais
Estarei mentindo dizendo que
Ainda te quero como sempre quis
Tenho certeza que
Nada foi em vão
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada
Não poderia dizer mais que
Alimento um grande amor
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
Eu te amo!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais...
(Clarisse Lispector) Não tenho certeza absoluta que é dela, há uma dúvida na web, onde achei o poema. Se alguém puder ajudar a esclarecer agradeço. O mais chocante do poema, é lê-lo de baixo pra cima. Faça isso !
quinta-feira, 26 de junho de 2008
homo Pax
Ele chegou ontem, nos olhamos e, após um abraço, o sorriso foi franco. São quase 30 horas em que meus sentimentos se tornaram loucos, confusos, estranhos, absurdos e inquietantes. Que provocação seria essa? Agora, depois de maduro?
Hoje passamos o dia juntos, muitas vezes abraçados, um calor intenso entre dois homens numa tarde azul, uma voz doce e profunda, um cheiro animalescamente atraente.
Hoje também, nas minhas costas, ele derramou sua gosma quente. E eu gozei.
para Antonio
Uma leitora pediu fotos de homens aqui, a mãe não deixou, senão seria dele que hoje domina meu coração e a casa inteira. Antonio, o Bola, tem 4 meses, filho da sobrinha Mariana, e acabara de vomitar nas minhas costas depois de mamar.
ergo sun
A vida bunda desbundante é vida. Catatau me beleléu, sincroniza - paro, penso, ergo Sun Azul - vejo bundas léu no tao correio de oitenta e duas presas. Deitado pesco pensamento elevado pelo contrapeso raso no rasgo fatia da fotografia antiga. Teso tesão da leitura de Paulo na deslumbrante vida, cheia de bundas.
leio Catatau de Paulo Leminski esses dias e me permito voltar aqui para outras interpretações aliteradas
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Todo
Sede
Menina bonita
Me dá tua boca
Pra matar minha sede
parte de (Manuel Bandeira in "Estrela da Manhã" 1936)
sêde a sede do meu ser
cesse a minha sede
de ceder
(Alice Ruiz - Desorientais)
Lágrima
terça-feira, 24 de junho de 2008
O início
Meio dedo de prosa
2 - Havia colocado uma foto mais picante, no primeiro da série, mas retirei, era uma mulher de pernas abertas com sua intimidade exposta de forma grosseira. E não é o tom que quero para o blog. Nem eu, nem de algumas pessoas que foram generosas e abertas para me dar alguns toques. Bons toques.
Aqui entra uma discussão, ou confissão, ou confissão-discussão, que quero dividir com todos. O blog nasceu dia 2 de junho de 2008, 22 dias atrás, nasceu de uma brincadeira aqui por conta de outras coisas ali, que mais pra frente vocês saberão, foi só um texto, sobre 3 irmãs que moravam na casa debaixo da minha, em Sta Teresa, no Rio. E seguiu em frente. Avisei para 2 colegas e amigas, também comentaristas do Weblog do Pedro Doria, entraram, comentaram, e as coisas andaram, avisei para outros, aos poucos - me lembra da música Pérolas aos Poucos - até que o Pedro Doria, a meu pedido, colocou meu link lá. Nem fez muita diferença, mas tornou pública a existência disso aqui sim.
Minha vida blogueira começou no falecido NoMínimo e o cara que mais li por lá foi o Pedro, que tive a honra e o prazer de conhecer pessoalmente, um excelente jornalista, competente e sério. Continuei lendo o Weblog, agora em carreira solo. Leio todos os dias e aconselho. Criei grandes amizades virtuais com outros comentaristas de lá, chegando a conhecer alguns pessoalmente. Isso tudo pra dizer que é uma forma de viver minha vida aqui, no meio do mato, e me relacionar com gente muito interessante.
E aí...
Sim, o palco me seduziu, foram 2.000 visitas em 20 dias, e passei a entender melhor o que é ter um blog, sua comunidade de visitantes, vocês, muitos anônimos, um sub-conjunto dessa comunidade que se atreve e escreve, comenta, enfim, um blog que posso chamar de meu. Mesmo que esse blog seja eu. Sim, sou eu. Uma parte de mim cotidianamente sente na pele as coisas que aqui aparecem. Com vocês isso não acontece? Espero que sim.
Acabou que o blog pegou esse mote e estou gostando dele. Mas há que ter alguma competência e um bom nível. E aí preciso de vocês.
3 - Sintam-se sempre livres para críticas, sou aberto à elas mesmo que em muitas das vezes doam como chicotadas com ponta de aço, mas são essenciais, sem elas fico parado, e dá tédio.Qualquer coisa, sempre, estou no putzpax@gmail.com . Tenho recebido contribuições de fotos, textos e sites. Quem quiser, entre no barco.
Pax, ajax pax.
Sossegue coração
ainda não é agora
a confusão prossegue
sonhos afora
calma calma
logo mais a gente goza
perto do osso
a carne é mais gostosa
(Paulo Leminski)
Corações
V
segunda-feira, 23 de junho de 2008
Prometeu
Insulta agora daqui os deuses, ó Prometeu! Rouba-lhes as honras divinas, para dá-las a seres que não viverão mais que um dia! Poderão, por acaso, os mortais, minorar teu suplício?
Digamos que é uma permissão poética para a tragédia grega Prometeu, o Acorrentado
Segunda
As metas têm que ser alcançadas. É segunda feira e ela sabe que a semana será estafante. Mas não se veste para as metas, se veste para quem estará na sala ao lado da sua, que a excita com olhares, que a faz viver melhor o dia-a-dia sem tempo e insano.
Será hoje aquele drinque prometido?
(há mais sexo no trabalho que supõe nossa vã hipocrisia)
domingo, 22 de junho de 2008
Scena Nocturna (1/2)
Branco e negro alternados sobre coxas panturrilhas pés e artelhos crispados. Medo e desejo alternados no peito das pernas, no suor que escorre frio pelo púbis em trilhas profundas de lábios e nádegas e pelos espetados na orla do cu. Gotas de medo e arrepios de desejo, movimentos de braços e seios e da carne macia e branca no espaço entre as coxas que descem correndo os três, ou dois, lances de escada.
Dois gregos artelhos tocam agora o sétimo degrau do último lance de escada. A luz estreita da lua como única testemunha da cena de perseguição. O salto ou a queda subitamente estancados pela mão que se estende o suficiente para deter o braço direito da mulher. Tranco vigoroso que se transmite pelas carnes macias, onda de choque através dos flancos e do ventre.
(Rio, 18/06/96)
Scena Nocturna (2/2)
Os dedos da mão direita do homem estreitam-se sobre a carne do braço direito da mulher, que foge do seu medo e do seu desejo. A mão esquerda do homem segura e empurra o queixo da mulher, lançando-a para trás, gemido que se confunde com o baque das costas contra a balaustrada de prata e de noite. Os lábios se abrem em gotas de medo, umidade carmim, linfas e sangue, a vara do homem que se ergue, as carnes da mulher que se liquefazem, línguas que se buscam, o jato de porra antes da penetração.
(Rio, 18/06/96)
Pescador
Fascínio
Casado, continuo a achar as mulheres irresistíveis.
Não deveria, dizem.
Me esforço. Aliás,
já nem me esforço.
Abertamente me ponho a admirá-las.
Não estou traindo ninguém, advirto.
Como pode o amor trair o amor?
Amar o amor num outro amor
é um ritual que, amante, me permito.
(Affonso Romano de Sant’Anna)
a foto é pra provocar outras interpretações do poema
Fatia
Vida, minha vida, olha o quê que eu fiz, deixei as fatias mais doces da vida, na mesa dos homens de vida vazia… Mas vida, ali, quem sabe, eu fui feliz…
Luz, quero luz... sei que além das cortinas, são palcos azuis...
(Chico Buarque)
A Nat colocou essa parte da música do Chico no Weblog do Pedro Doria e saiu o post. É uma boa provocação. Dá pra ser feliz somente com sexo farto e bom? Ou, melhor, existe sexo farto e bom sem que haja conteúdo com quem se faz?
Tardes
sábado, 21 de junho de 2008
Morte
Bem que filho do Norte,
Não sou bravo nem forte.
Mas, como a vida amei,
Quero te amar, ó morte
- Minha morte, pesar
Que não te escolherei.
Do amor tive na vida
Quanto amor pode dar:
Amei, não sendo amado,
E sendo amado, amei.
Morte, em ti quero agora
Esquecer que na vida
Não fiz senão amar.
Sei que é grande maçada
Morrer, mas morrerei
- Quando fores servida -
Sem maiores saudades
Desta madrasta vida,
Que todavia amei.
(Canção para a minha morte - Manuel Bandeira) - devo confessar que procurei o texto pela foto
Tanino
Férias
_ A gente quase não sai mais...
_ Espera até eu entrar de férias, aí você vai ver... Vai preparando sua poupança...
_ Ok, tá tudo em cima!
_ Não essa, sua boba, a outra, do banco.
_ Ah, que pena!
_ Pensando bem, é melhor preparar essa também...
(generosamente cedida pela Nat, uma colega comentarista do Weblog do Pedro Doria)